As manchas de óleo que vêm aparecendo no Litoral
nordestino desde o início de setembro já atingiram sete das 16 praias do Piauí,
de acordo com levantamento feito pelo G1, com base nos registros da Marinha do
Brasil, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e
do Instituto Tartarugas do Delta. Nessa terça-feira (8), o presidente da
Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que o óleo não dá sinais de estar
retrocedendo e que a situação é preocupante.
Segundo a Capitania dos Portos do Piauí (CPPI), as primeiras manchas foram encontradas no dia 27 de setembro na Praia do Arrombado, em Luís Correia, e no dia 30 de setembro nas praias Pedra do Sal, em Parnaíba, Coqueiro, Peito de Moça e Atalaia, também em Luís Correia.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio da Área de Proteção Ambiental (APA) do Delta do Parnaíba, encontrou ocorrências nas mesmas praias registradas pela Marinha e na Praia de Itaqui, em Luís Correia.
Além das manchas, um galão de óleo foi encontrado na Praia Peito de Moça no dia 30 de setembro. O material foi coletado e será analisado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Na lista mais recente divulgada pelo Ibama, nessa terça-feira (8), apenas a Praia do Arrombado é citada como local onde houve registro de mancha de óleo no Piauí.
Segundo
a APA e o Instituto Tartarugas do Delta, as porções de óleo encontradas no
Piauí até o momento são menores que as das demais praias do Nordeste. Até o
momento, nenhum animal foi encontrado com manchas no estado. A Marinha informou
que acompanha a situação.
As autoridades têm procurado conscientizar turistas e moradores da região sobre como proceder caso encontrem animais com manchas, sobre o descarte correto do material, que não deve ser misturado com o lixo comum, e a evitar contato com a substância.
As poças
de óleo já atingiram 132 localidades em 61 municípios de 9 estados: Alagoas,
Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e
Sergipe. Segundo o Ibama, a substância trata-se de petróleo cru, e não de um
produto derivado do óleo.
O órgão,
juntamente com a Polícia Federal, o Ministério da Defesa e o ICMBio investigam
a situação. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que há uma suspeita de o óleo
ter sido despejado “criminosamente”.
Fonte:
G1