A
quarta rodada de pesquisas realizada pelo Instituto Amostragem revelou uma
queda no índice de contaminação da Covid-19 no Piauí. A pesquisa, apresentada
pelo Governo do Estado, nesta segunda-feira (25), estima que haja mais de 66
mil pessoas infectadas com a doença no estado, um crescimento apenas de 1,93
vezes, abaixo da projeção que estava estimada.
De
acordo com a curva de tendência de infecção no estado, o crescimento está
abaixo do que foi projetado nos estudos estatísticos. Da primeira pesquisa para
a segunda, o crescimento foi de 4,5 vezes, da segunda para a terceira foi de
2,5 vezes e da terceira para esta última, foi de menos de 2 vezes.
“Se
continuássemos com o crescimento que tínhamos projeto, teríamos,
aproximadamente, 86 mil casos, no entanto, a pesquisa mostrou um número de
infectados bem abaixo disso. Isso se deve às medidas adotadas pelo Governo do
Estado, assim como os esforços das prefeituras para que as pessoas obedeçam ao
isolamento social”, ressaltou o diretor do Instituto Amostragem, João Batista
Teles.
Fazendo
um comparativo das projeções do número de pessoas infectadas nas pesquisas já
executadas pelo Amostragem no Piauí: a primeira, realizada entre 25 e 28 de
abril, mostrou 3.783 infectados; na
segunda, de 06 a 09 de maio, o número foi de 17.148; a terceira, realizada
entre 12 e 15 de maio, a estimativa foi de 36.120; e a quarta com 66.299
pessoas infectadas.
Batista
Teles explica que a curva de tendência considera um crescimento exponencial.
“Da primeira até a terceira pesquisa o nosso crescimento estava acima da
projeção dessa curva e agora ela está abaixo do que seria projetada, ou seja,
era pra termos um número bem maior de infectado. O que podemos concluir é que
os casos continuam crescendo
Desta
vez, das 3.999 pessoas residentes em 11 municípios do Piauí, que foram
entrevistadas e testadas no período de 20 a 23 de maio, 81 pessoas tiveram
resultado positivo para a doença, o que mostra uma taxa de infecção em
proporção de 0,020255063.
Segundo
a pesquisa, a estimativa de pessoas infectadas para o Piauí, é de 66.299,
baseando-se na taxa de infecção apresentada e no número de habitantes do
estado, um número expressivamente maior que o apresentado na pesquisa anterior,
36.120. Apesar da estimativa, no dia 20 de maio, data do início da pesquisa,
existiam 2.852 casos notificados pela Sesapi e 91 óbitos, ou seja, para cada caso
notificado, existiriam 23 casos não notificados, o que dá uma ideia da
subnotificação de casos no estado.
Nas
duas últimas pesquisas realizadas também foram feitos testes que analisam a
carga viral, no qual é avaliado se as pessoas infectadas ainda estão
transmitindo ou não, baseado no tempo de infecção. A estimativa é que, das 66
mil pessoas infectadas, cerca de 30 mil não estariam mais transmitindo.
“Estamos
iniciando uma nova semana, até a semana passada tivemos um forte crescimento,
mas, como vimos na pesquisa, houve uma redução na taxa de crescimento. Destaco
o trabalho do Programa Busca Ativa, com o objetivo da fazer a identificação das
pessoas que tenham contraído o vírus, mantê-la em isolamento e buscar as
pessoas que ela teve contato para também as colocar em isolamento e poder ter
um tratamento precoce e mais eficaz”, afirmou o governador Wellington Dias.
MEDIDAS
ADOTADAS PELA POPULAÇÃO
A
pesquisa também mostrou novas variáveis, como as medidas concretas adotadas
pela população para se proteger do vírus: 90% das pessoas estão usando
máscaras; mais de 80% lavam as mãos; quase 80% delas optam por usar álcool em
gel e; cerca de 60% estão em casa.
“Conforme
os resultados as pessoas estão saindo menos do seu domicílio, isto é do
município em que mora, além disso, o número de pessoas saindo de casa somente
para fazer o necessário aumentou. De forma geral, podemos concluir que as
pessoas estão seguindo as precauções, embora o índice de isolamento social
venha variando”, pontuou Batista Teles.
REABERTURA
DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS
Na
oportunidade, o governador Wellington Dias aproveitou para falar sobre a
reabertura das atividades, com base nos resultados apresentados na pesquisa. “A
pesquisa revela que o crescimento da infecção reduziu, por isso que não podemos
relaxar nas precauções higiênicas, o distanciamento e o isolamento social, são
essas condições que garantem que iremos sair mais cedo dessa situação. Iremos,
no início de junho, fazer a apreciação dos protocolos e avaliar a retomada”,
destacou Dias.
Fonte:
Ccom