segunda-feira, 25 de junho de 2018

Por uma nova Balaiada no Brasil – Por Kenard Kruel Fagundes

No dia 11 de dezembro de 1838, o cabano José Egito, subprefeito da Vila da Manga do Iguará (atual Nina Rodrigues, a 12 léguas de São Luís - MA), deu ordem de prisão para um grupo de vaqueiros, entre eles um irmão de Raimundo Gomes Vieira Jataí, justificando participações em um homicídio, e determinou que fossem escoltados, como recrutas forçados, para o Rio Grande do Sul, onde lutariam ao lado das tropas governamentais contra os “farrapos”.
Raimundo Gomes, piauiense, mestiço, vaqueiro capataz do fazendeiro padre Inácio Mendes de Morais e Silva (Bem-te-vi), pessoa influente e temida no sertão do Brejo, tido como membro da oposição ao governo, ao saber que seu irmão estava entre os presos, procurou libertá-lo por intermédio da legalidade e da influência de velhos políticos liberais. Não tendo sucesso, dois dias depois, comandando dez homens, em plena luz do dia, adentra Manga, defendida por 42 guardas-nacionais, que debandam aos primeiros tiros, invadiu a cadeia e libertou os prisioneiros. Pronto, teve início o movimento da Balaiada.

Lula está preso há mais de 70 dias e até agora não teve nenhum vaqueiro da Fazenda Brasil com coragem para invadir a prisão onde ele se encontra e libertá-lo, depois, é claro, de pripinar de peixeira os sacripantas que o aprisionaram e o mantém aprisionado e todos os que dão apoio a estes canalhas, porque canalhas também.