O espaço escolar
precisa de educadores que proporcionem o desenvolvimento integral do indivíduo
sem que haja preconceitos e exclusão. E é dessa forma que a professora da
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE de Parnaíba, Elma Pereira,
passou a trabalhar junto aos seus alunos, colocando em prática o projeto Arte e
Cultura: múltiplas linguagens. Contemplando o que propõe o projeto, os
estudantes da instituição visitaram o Engenho Cultural São Francisco,
localizado na via principal de acesso à comunidade Cacimbão, zona rural de
Parnaíba.
Na ocasião, os alunos
foram acompanhados pelas profissionais da Apae, mães e pelo artista plástico,
Jackson Cristiano, idealizador do Engenho. “Estamos caminhando para a inclusão.
Diante de todas as dificuldades que nossos meninos tem, eles tem a mesma
oportunidade que meninos da escola regular possuem”, disse a vice-presidente da
instituição, Rosimeire Primo.
De acordo com Elma
Pereira, o principal objetivo é trabalhar a questão do letramento com os alunos.
“As pessoas tem impressão que as pessoas com deficiência, não tem capacidade e
sensibilidade para apreciar obra de arte. Pelo contrário, a arte vai entrar em
todos os campos. As atividades são desenvolvidas de forma real, é a língua em
funcionamento”.
O espaço que possui
cerca de 300 obras foi o local ideal para a extensão do projeto, que também tem
suas atividades desenvolvidas em sala de aula. O artista plástico, Jackson
Cristiano, responsável pelo espaço de artes, disse que uma das principais formas
de leitura de realidade se dá através da arte e do olhar. “É preciso educar o
olhar das crianças, dos alunos, das pessoas que precisam entender que a arte
está presente em qualquer momento da história humana, pois é àquilo que é mais
espontâneo do ser humano”.
Atentos a cada
detalhe exposto nas galerias, os alunos demonstraram satisfação em participar
da visita. Segundo eles, o desempenho escolar tem melhorado com os projetos
desenvolvidos na instituição.
Por Tacyane Machado - Blog Extra Parnaíba