terça-feira, 21 de setembro de 2021

Piauí não registra casos confirmados da doença da urina preta

Casos de rabdomiólise ou ‘doença da urina preta’, associada ao consumo de peixes, são investigados em ao menos três estados brasileiros. A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Piauí (CIEVS-PI), publicou nota alertando a população sobre o crescente número de casos suspeitos de Doença de Haff/urina preta em alguns estados da Federação.

A Secretaria de Estado da Saúde, através do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Piauí (CIEVS-PI), publicou nota alertando a população sobre o crescente número de casos suspeitos de Doença de Haff/urina preta em alguns estados da Federação. A maioria está concentrada no Amazonas, onde já foram notificados mais de 60 casos suspeitos.

Mas, a Sesapi tranquilizou a população piauiense, já que o Piauí não registra nenhum caso suspeito ou confirmado da doença.

De acordo com a nota do Cievs, a contaminação se dá por meio de uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, badejo, piratinga, arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, caranguejo e o camarão. A toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.

Doença da urina preta

A rabdomiólise é uma síndrome que decorre da lesão muscular, com a liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea. Não há tratamento específico para a doença. Ela ocorre normalmente em pessoas saudáveis, na sequência de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados, que incluem o pescado.

Medidas de controle

  • Evitar comer pescados crus
  • Não consumir pescados ou crustáceos de origem, transporte ou armazenamento desconhecidos. O ideal é comprar esses produtos em locais cuja procedência ofereça segurança
  • Recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) e TGO para observação da alteração dos valores normais nos exames
  • Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta. Neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas
  • Não é indicado uso de anti-inflamatórios
  • Orientar a população a buscar uma unidade de saúde no caso de aparecimento dos sintomas
  • Identificar outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença
  • Recomenda-se coleta de amostras de alimentos para o setor de microbiologia de alimentos

Por Tacyane Machado – Blog Extra Parnaíba
Com informações da Sesapi