A TV Cidade Verde lançou nesta sexta-feira (12) o projeto especial 200 anos da Independência do Brasil. O lançamento aconteceu no Jornal do Piauí com entrevista especial do escritor Laurentino Gomes, autor do livro “1822”.
Participou
do lançamento o escritor e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE)
Anfrísio Lobão, autor do livro “Mandu Ladino”, o promotor de justiça de Oeiras,
Carlos Rubens e a jornalista Cláudia Brandão. O governador Wellington Dias (PT)
concedeu entrevista ao vivo falando sobre a importância da história do Piauí
para a independência do País.
O
projeto inclui a exibição de uma minissérie sobre a Batalha do Jenipapo, com 10
capítulos, uma iniciativa pioneira de Alexandre Melo em parceria com a TV
Cidade Verde.
Ao longo do ano haverá reportagens, entrevistas, exposições e debates sobre o
tema. No sábado (13) será o pontapé inicial para esse grande projeto com a
reexibição do filme “História da Independência do Piauí”, a partir das 12h15. O
filme foi produzido pela TV Cidade Verde e conta a história da Batalha do
Jenipapo.
Em 2022, o Brasil comemora 200 anos de independência. “A TV Cidade Verde se antecipa e inicia essa comemoração a partir desta sexta-feira. A comemoração vai durar um ano com uma série de eventos, programas especiais, exibição de filmes e entrevistas”, diz Cláudia Brandão.
“Vamos marcar todo o
contexto da Independência do Brasil, com a importância da participação do Piauí
nesse processo e destaque especial para a Batalha do Jenipapo, incluindo as
manifestações em Oeiras e Parnaíba”, acrescenta. “É um grande trabalho de memória,
de resgate, de valorização da nossa história dando ênfase ao nosso slogan ‘A
boa imagem do Piauí’”, ressalta Brandão.
O promotor de justiça de Oeiras, Carlos Rubens, fala sobre o sentimento da
independência na região de Oeiras na época. Vários personagens se reuniram e o
plano foi efetivado. “Destituíram todos os portugueses dos cargos então
existentes. A partir daí, o Visconde da Parnaíba comunicou as províncias
próximas e emitiu ordem para que muita gente fosse a Campo Maior, onde foi
deflagrada a nossa Batalha do Jenipapo".
Ao
comentar sobre o reconhecimento do Piauí na Independência do País, Anfrísio
Lobão lembrou que “o Brasil custou a acordar para esse acontecimento porque a
cultura, o meio, a inteligência e a maioria da população se concentrava no Sul.
São Paulo e Rio dominavam. O Nordeste era uma região pouco habitada,
pouco conhecida e com dificuldade de comunicação. Isso fez com que o povo do
Sul desse pouca importância, mas aqui, diferente do Sul, a Independência foi
conquistada na bala, no heroísmo, na luta”.
Cláudia Brandão ressalta que os livros didáticos deixam muito a desejar. “Neles
há uma lacuna grande e imperdoável sobre a participação do Piauí e da Batalhão
do Jenipapo travado no dia 13 de março em Campo Maior às margens do Riacho
Jenipapo. O escritor Laurentino Gomes, que também é jornalista, escreveu uma
série de livros históricos sobre o Brasil e fez esse resgate para nós no livro
1822, que trata da Independência do Brasil. Ele destina algumas páginas para a
Batalha do Jenipapo. Ele, inclusive, esteve no Piauí e visitou Campo Maior”.
Em entrevista, o governador Wellington Dias também comentou sobre a
participação dos piauienses na conquista da independência. “Garantimos vitórias
e mais vitórias ao longo do tempo. Essa da Independência se destaca porque a
conquista da Independência para o Piauí também significou a Independência para
o Brasil”.
O governador lembrou das lutas travadas no passado pela libertação. “Pela força, pela coragem, pela luta desigual, que foi canhão contra facão e foice, enfim, vencemos”.
A
Batalha do Jenipapo também será tema de série de TV. As gravações estão
previstas para iniciar neste ano, respeitando as normas de prevenção ao novo
coronavírus, devido a pandemia da Covid-19. O diretor da produção, Alexandre
Melo, comenta que a série artisticamente vai recompor vários cenários com uma
investigação “quase arqueológica”.
Alexandre Melo antecipa alguns pontos a serem abordados, como
"o primeiro governador que chega ao Piauí para instituir efetivamente
a província, fundar vilas. Uma das missões dele era abolir por completo a
escravidão indígena no estado. Todas essas questões estão presentes em uma
série de ficção que tem 10 capítulos. Você tem mais tempo para analisar essas
questões humanas: quem compunha a sociedade, como ela era criada e que reflexos
têm até hoje”.
Fonte: Cidade Verde
