sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Série Viva Piauí: alto padrão genético da pecuária do estado é destaque no País; assista

A pecuária é o tema do terceiro dia de Viva Piauí Que Trabalha. A atividade econômica que motivou a colonização do estado é marcante até à atualidade com forte presença do melhoramento genético de raças. O Piauí se destaca nacionalmente em áreas como a criação de caprinos, tendo o 3° maior rebanho do país.


São 1.835.550 cabeças de caprinos no estado, o Piauí só é superado pelos estados da Bahia e Ceará. A criação de ovinos ultrapassa os 1,6 milhões, a de suínos 1.043 cabeças e a de bovinos mais de 1,4 milhão de animais da espécie. 

Alguns rebanhos diminuíram com o passar dos anos, a exemplo da criação de bovinos, que registrou queda de 12,95% em 10 anos. Atualmente o Piauí é o 19ª estado com maior rebanho. A quantidade deu lugar a qualidade, com aumento da criação de animais de raça nobre e de alto valor de mercado. 

O Sul do estado é o território central de criação de bovinos com potencial genético. Cerca de 2,92% da criação está em Parnaguá e 2,07% em Corrente, municípios do extremo sul que têm um papel importante na concentração do perfil genético. 

“O Piauí tem se destacando com animais de genética superior sendo julgados em campo e em pistas de julgamento”, afirma o agrônomo Pedro Bitencourt.


Caprinos

No Norte do estado, a criação de caprinos também chama a atenção pelo elevado perfil genético. Criações da raça savana acumulam títulos de competições nacionais pelo alto valor de mercado e têm chamado a atenção de pesquisadores de outros estados. Segundo o IBGE, o Piauí possui 17% do rebanho nacional de bodes e cabras. 

De acordo com os pesquisadores, o melhoramento genético dos rebanhos traz benefícios para a carne e carcaça do animal, além de antecipar o preparo físico para ser comercializado no mercado. 

Leite

Outro grande investimento no Norte do estado é a Fazenda Santa Luzia, em Parnaíba, que chega a produzir 25 mil litros de leite por dia. O valor, não chega nem a metade do que o mercado local consome, havendo espaço para novos investimentos e para importação de leite de outros estados. 

A tecnologia a serviço da qualidade de vida do animal tem sido usada para aumentar a produção. As vacas leiteiras são submetidas diariamente a banhos e climatização especial para reduzir a temperatura do corpo. O procedimento relaxa o animal e gera 3 litros a mais na ordenha de leite. 

São mais de 300 vacas leiteiras na fazenda que conta ainda com a ordenha de 180 pequenos produtores da região. 

Ovinos

Também em Parnaíba, uma granja produz 25 mil ovos por dia e pretende dobrar a capacidade em 2022. O local conta com 30 mil aves, distribuídas em três lotes. A produção representa apenas 12% do que o município de Parnaíba consome, mostrando um cenário favorável para a ampliação do investimento. 

O criador Daniel Cortez explica o que motivou a empresa a estruturar o negócio em busca de economia de gastos. A granja adotou a coleta das vezes das galinhas para a produção de adubo natural, que é revendido. Por dia é produzida cerca de 1 tonelada de adubo, que após a venda consegue pagar 10% das despesas da empresa. 

“A gente precisa reduzir custos para se manter no mercado. Com a automação eu consigo isso”, explicou Daniel destacando a necessidade da tecnologia para o negócio.


Peixes

Outro investimento que tem potencial no Piauí é a psicultura. Um criadouro de tilápias nos Tabuleiros Litorâneos, único da região que tem a fruticultura como destaque, chega a produzir 15 toneladas do peixe por mês. São cerca de 60 mil alevinos inseridos nos tanques, destes, 48 mil (80%) chegam a fase de comercialização, podendo chegar a 1 kg em cerca de 7 meses.

Fonte: Cidade Verde