Os
parlamentares piauienses esperam, enfim, para após a Semana Santa a liberação
do governo Jair Bolsonaro (PSL) dos cargos federais de indicação das bancadas
regionais.
Uma
das formas de participação dos políticos na gestão pública se dá pela via dos
cargos indicados, ou seja, a negociação do presidente com as bancadas de cada
estado é absolutamente natural - não é velha nem nova política, é apenas
política. Não se ganha eleição sozinho, não se governa sozinho também.
Particularmente num país com regime de presidencialismo de coalizão em que o Parlamento tem peso equivalente ao Executivo e capaz de sufocar um governo impedindo que ele ponha em prática suas propostas de campanha (já que não se governa só por decreto), ignorar os aliados pode custar caro. Exemplo disso é a emperrada reforma da Previdência, caminhando a passos de tartaruga na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal.
E
é ofício dos políticos desde que o mundo é mundo, tentar influenciar nas ações
governamentais, seja via projeto, seja via cargos - em que pese a demonização
que se faz quando se usa o nome "cargo" para falar de política e
ressaltando também os casos em que as indicações não se comportam de modo republicado.
Em conversa com o blog Primeira Mão, os políticos que aguardam as nomeações fizeram o raio-x das indicações no Piauí:
- Senador Ciro Nogueira (Progressistas) - Codevasf (Inaldo Guerra)
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Senador Elmano (Podemos) - DNIT (Ribamar Bastos)
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Deputado Átila Lira (PSB) - Funasa (José Raimundo Costa)
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Júlio Cesar (PSD) - Incra (Thiago Vasconcelos)
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Flávio Nogueira (PDT) - INSS
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Iracema Portella (Progressistas) - DNOCS (Djalma Policarpo)
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Margarete Coelho (Progressistas) - CONAB
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Dra Marina (Solidariedade) - Superintendência do Ministério da Agricultura
(Marco Vinicius)
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Marcos Aurélio (MDB) - Departamento Nacional de Produção Mineral
Outros cargos federais, vale lembrar, são de indicação de carreira, com membros do corpo funcional do órgão, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Embrapa. E há aqueles que realizam eleição interna, com os integrantes da instituição no comando da escolha, como é o caso da Universidade Federal e do Instituro Federal do Piauí. Esses, claro, ficam de fora das indicações.
Quem também fica de fora são os políticos de oposição declarada ao presidente Jair Bolsonaro, como é o caso da deputada federal Rejane Dias (PT), Assis Carvalho (PT) e de Fábio Abreu (PR).
Fonte:
Primeira Mão/ Meio Norte
