A ideia do Projeto é facilitar o acesso ao atendimento prioritário dos
serviços públicos, garantido aos autistas pela Lei 12.764/12
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade na noite desta
quarta-feira (24) o Projeto de Lei 10119/18, da deputada Rejane Dias (PT-PI),
que cria a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista (CIPTEA). O Projeto faz parte da luta das famílias e das associações
ligadas à defesa dos direitos das pessoas autistas no Brasil. É o primeiro
Projeto aprovado na Câmara, tanto pela parlamentar, quanto pela bancada do
Piauí nesta legislatura.
A ideia do Projeto é facilitar o acesso ao atendimento prioritário dos serviços públicos, garantido aos autistas pela Lei 12.764/12, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Para os fins de atendimento, a lei equipara os autistas às pessoas com deficiência.
A autora do projeto, que também é mãe de uma menina autista, explica que o autismo é o tipo de deficiência mais difícil de se identificar no dia a dia. “O autismo tem suas variantes no aspecto físico. Ao contrário de uma pessoa com deficiência física, é difícil identificar uma pessoa com autismo tão somente por sua aparência, por isso é importante identificar o espectro por um instrumento legal”, afirmou Rejane Dias.
O Plenário aprovou ainda uma emenda ao Projeto do deputado Fábio Trad (PSD-MS). Ele determina que as salas de exibição de cinema reserve uma sessão mensal destinada especificamente às pessoas autistas, oferecendo os recursos de acessibilidade necessários.
Dados
Segundo o texto, a carteira será expedida gratuitamente pelos órgãos responsáveis pela execução da política de proteção dos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista dos estados, do Distrito Federal, e dos municípios.
Para pedir a carteira, deverá ser apresentado requerimento, acompanhado de relatório médico indicando o código médico para o transtorno (CID). Além dos dados básicos de identificação que já constam de uma carteira de identidade civil (nome, filiação, CPF, etc.), a CIPTEA conterá ainda tipo sanguíneo, endereço residencial completo, número de telefone do identificado e informações do responsável legal ou cuidador (nome completo, documento de identificação, endereço residencial, telefone e e-mail).
A CIPTEA pretende dar garantia de atenção integral, pronto-atendimento, prioridade no acesso e atendimento aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.
Dos imigrantes e residentes fronteiriços serão exigidos também, conforme o caso, Cédula de Identidade de Estrangeiro (RNE), Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM) ou Documento Provisório de Registro Nacional Migratório (DPRNM).
A validade da carteira será de cinco anos e será revalidada com o mesmo número para permitir a contagem das pessoas com transtorno autista e a implentação de políticas públicas a nível nacional
Fita quebra-cabeça
Na lei que disciplina o acesso prioritário no atendimento para idosos e pessoas com deficiência e gestantes (Lei 10.048/00), o projeto permite aos estabelecimentos públicos e privados usarem a fita quebra-cabeça, símbolo mundial da conscientização do Transtorno do Espectro Autista, para identificar a prioridade devida a essas pessoas.
Regulamentação
O substitutivo aprovado concede prazo de 180 dias para os poderes executivos da União, dos estados e do Distrito Federal regulamentarem as novas regras no âmbito de sua competência para conduzir a política de proteção dos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista.
Até a efetiva criação da CIPTEA, os órgãos responsáveis por essa política deverão trabalhar em conjunto com os responsáveis pela emissão de documentos civis de identificação para que as novas informações sejam incluídas no Registro Geral (RG) ou nos documentos de estrangeiros.
A ideia do Projeto é facilitar o acesso ao atendimento prioritário dos serviços públicos, garantido aos autistas pela Lei 12.764/12, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Para os fins de atendimento, a lei equipara os autistas às pessoas com deficiência.
A autora do projeto, que também é mãe de uma menina autista, explica que o autismo é o tipo de deficiência mais difícil de se identificar no dia a dia. “O autismo tem suas variantes no aspecto físico. Ao contrário de uma pessoa com deficiência física, é difícil identificar uma pessoa com autismo tão somente por sua aparência, por isso é importante identificar o espectro por um instrumento legal”, afirmou Rejane Dias.
O Plenário aprovou ainda uma emenda ao Projeto do deputado Fábio Trad (PSD-MS). Ele determina que as salas de exibição de cinema reserve uma sessão mensal destinada especificamente às pessoas autistas, oferecendo os recursos de acessibilidade necessários.
Dados
Segundo o texto, a carteira será expedida gratuitamente pelos órgãos responsáveis pela execução da política de proteção dos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista dos estados, do Distrito Federal, e dos municípios.
Para pedir a carteira, deverá ser apresentado requerimento, acompanhado de relatório médico indicando o código médico para o transtorno (CID). Além dos dados básicos de identificação que já constam de uma carteira de identidade civil (nome, filiação, CPF, etc.), a CIPTEA conterá ainda tipo sanguíneo, endereço residencial completo, número de telefone do identificado e informações do responsável legal ou cuidador (nome completo, documento de identificação, endereço residencial, telefone e e-mail).
A CIPTEA pretende dar garantia de atenção integral, pronto-atendimento, prioridade no acesso e atendimento aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.
Dos imigrantes e residentes fronteiriços serão exigidos também, conforme o caso, Cédula de Identidade de Estrangeiro (RNE), Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM) ou Documento Provisório de Registro Nacional Migratório (DPRNM).
A validade da carteira será de cinco anos e será revalidada com o mesmo número para permitir a contagem das pessoas com transtorno autista e a implentação de políticas públicas a nível nacional
Fita quebra-cabeça
Na lei que disciplina o acesso prioritário no atendimento para idosos e pessoas com deficiência e gestantes (Lei 10.048/00), o projeto permite aos estabelecimentos públicos e privados usarem a fita quebra-cabeça, símbolo mundial da conscientização do Transtorno do Espectro Autista, para identificar a prioridade devida a essas pessoas.
Regulamentação
O substitutivo aprovado concede prazo de 180 dias para os poderes executivos da União, dos estados e do Distrito Federal regulamentarem as novas regras no âmbito de sua competência para conduzir a política de proteção dos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista.
Até a efetiva criação da CIPTEA, os órgãos responsáveis por essa política deverão trabalhar em conjunto com os responsáveis pela emissão de documentos civis de identificação para que as novas informações sejam incluídas no Registro Geral (RG) ou nos documentos de estrangeiros.
Fonte: Ascom