quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

MP aponta que cabo Agnaldo desviou mais de R$ 2 milhões da Abecs

O Ministério Público do Estado do Piauí, através do promotor Plínio Fabrício de Carvalho Fontes, denunciou o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Piauí - ABECS-PI, cabo Agnaldo José de Oliveira, e a sua esposa, Olívia Tangneth Nogueira de Oliveira, diretora da Associação Beneficente das Esposas dos Reformados e Pensionistas da Polícia Militar do Piauí - ABRESPPOM - pelos crimes de usura, estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A denúncia é do último dia 28 de novembro de 2018.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Piauí, os acusados, utilizando-se das referidas associações que dirigiam, ofereciam empréstimos a servidores públicos estaduais com juros superiores a 20%, em alguns casos, chegando a 42% ao mês.
Segundo consta na denúncia, para permitir o desconto dos juros no contracheque das vítimas, Agnaldo e Olívia, com auxílio do contador José de Jesus, criaram a ABRESPPOM, para que os pagamentos dos empréstimos fossem camuflados como contribuição associativa.
“Entre 2012 e 2017, a ABECS-PI transferiu eletronicamente R$ 2.358.108,00 (dois milhões, trezentos e cinquenta e oito mil, cento e dezoito reais), para a conta pessoal de seu presidente, Agnaldo, em 121 transações. Em 2012, de março a maio, Agnaldo sacou R$ 105.090,00 em (quatro saques). Tal numerário aparentemente fora o capital inicial para os empréstimos que seriam descontados do contracheque das vítimas através da ABRESPPOM-PI. Entre 2012 e 2017, fora sacado mais de quatro milhões e trezentos mil, das contas da ABRESPPOM-PI, por sua presidente”, diz trecho da denúncia.
Na ação, o promotor Plínio Fontes denunciou ainda o contador José de Jesus Castro Andrade Oliveira por lavagem de dinheiro e associação criminosa e pediu o ressarcimento dos valores movimentados por Agnaldo e Olívia, que juntos somam mais de R$ 6.658.118,00 (seis milhões, seiscentos e cinquenta e oito mil e cento e dezoito reais).
O inquérito, que teve início no ano de 2016, foi produzido pelo delegado JJ , titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária e as Relações de Consumo, após denúncia dos próprios associados.

Fonte: GP1