A Croácia bem que tentou, mas não deu. A seleção de
Modric, Rakitic e companhia não foi páreo para a França de Griezmann e Mbappe neste
domingo (15), na grande final da Copa da Rússia, disputada no estádio Luzhniki,
em Moscou.
O
favoritismo dado aos franceses antes de a bola rolar foi confirmado e Kylian
Mbappe comandou a equipe na vitória por 4 a 2, que deu aos Bleus o bicampeonato
mundial - o primeiro foi conquistado em 1998.
A vitória elevou a França ao mesmo patamar de Uruguai e Argentina, também detentores de duas Copas do Mundo. A Croácia deixa a Copa com a certeza de que já escreveu seu nome na História e na esperança de uma melhor sorte no Quatar, em 2022.
Final agitada
A decisão deste domingo em Moscou teve de tudo um pouco: Falha de arbitragem, interferência do VAR (árbitro de vidro), gol contra, falha de goleiro e gol de candidato a melhor do mundo.
O primeiro gol se originou de uma jogada polêmica. Griezmann se atirou ao chão na entrada da área croata e a arbitragem assinalou falta - apesar de o defensor não ter encostado no atacante.
O VAR (árbitro de vídeo) não se manifestou - pois não pode ser acionado nessa situação - e, na cobrança do próprio Griezmann, a bola desviou na cabeça do atacante Mandzukic e entrou: Gol contra.
Pouco depois de a Croácia alcançar a igualdade com um golaço de Perisic, o VAR voltou à cena. Depois de cobrança de escanteio, a bola bateu no braço de Perisic, que não estava colado ao corpo.
Após 2 minutos e meio de paralisação, o árbitro Nestor Pitana interpretou - acertadamente - como faltoso o desvio da bola no braço de Perisic. Na cobrança do pênalti, Griezmann fez 2 a 1.
O título chegou no segundo tempo. Mbappe puxou o contra-ataque, a bola rondou a área croata e sobrou para Pogba, que ampliou e praticamente assegurou a conquista do bicampeonato mundial aos franceses.
Ainda deu tempo para Mbappe deixar o dele e transformar a vitória em goleada, que só não foi maior porque o goleiro Lloris falhou feio ao tentar driblar Mandzukic, que esticou o pé, diminuiu para a corajosa Croácia e deu números finais à grande decisão: 4 a 2.
Mbappe x Modric
Kylian Mbappe e Luka Modric travaram um duelo particular na decisão. Após dividirem a atenção da mídia nos dias que antecederam a final, sabiam que suas seleções dependeriam deles para sair com a taça.
Mbappe, apesar de mais novo que o rival, mostrou que tem mais estrela. O camisa 10 francês levou perigo à defesa rival com suas arrancadas verticais e fez estragos.
Em uma delas, iniciou a jogada que rondou a área da Croácia e sobrou nos pés de Paul Pogba, que dominou e chutou sem chances para Subasic: 3 a 1. Pouco depois, o próprio Mbappe fez o quarto gol e decretou o que ninguém mais duvidava: França bicampeã mundial.
Jogo “a mais” pesou contra os croatas
Ao contrário da França, a Croácia precisou de três prorrogações (oitavas, quartas e semifinal) para chegar à decisão. Somados os tempos extras, a seleção croata atuou 90 minutos a mais do que a francesa.
Esse jogo "a mais" em relação aos rivais acabou pesando após a França ficar duas vezes na frente do placar, pois, apesar de todo o esforço para buscar o empate, faltou perna para a Croácia chegar à igualdade mais uma vez, como fizera diante de Dinamarca, Espanha e Rússia nas fases anteriores.
Mesmo árbitro, mesmo palco, mas seleções diferentes
Uma das curiosidades da final deste domingo foi relacionada a arbitragem. O argentino Nestor Pitana, escalado pela Fifa para apitar a decisão, também foi o responsável por comandar o jogo de abertura do Mundial, que terminou com vitória da Rússia por 5 a 0 sobre a Arábia Saudita.
O palco do duelo também foi o mesmo do primeiro jogo da competição, realizado no último dia 14 de junho – o Luzhniki Stadium, na capital russa, Moscou.
Agora, o Quatar
Terminada a Copa da Rússia, o futebol mundial viverá uma "ressaca" do clima que toma conta do planeta de 4 em 4 anos.
A próxima Copa já tem palco e data marcada: Quatar, em 2022. A curiosidade é que, pela primeira vez na História, um Mundial será disputado no fim do ano, entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro.
A decisão de mudar o protocolo que foi utilizado nas 21 edições até hoje foi tomada para evitar o calor acima dos 40ºc que costuma "castigar" a região no meio do ano e que poderia prejudicar a saúde e o desempenho dos atletas.
Fonte: Sport