sexta-feira, 14 de julho de 2017

Com deficiência na atenção básica, HEDA atende mais de 20 mil pacientes por mês

Com os sérios problemas na saúde pública municipal, onde postos de saúde não possuem profissionais médicos suficientes, medicamentos e a estrutura necessária, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, aumenta a sua demanda de pacientes, chegando a realizar o atendimento de aproximadamente duas mil pessoas diariamente. Dados repassados pela direção do hospital demonstram que os três últimos meses foram recordistas quanto aos atendimentos.
No mês de abril, de acordo com a direção do hospital, foram realizados 22 mil atendimentos, já no mês de maio, o número foi bem superior, chegando a 27 mil registros de atendimentos. No mês de junho foram realizados 24 mil atendimentos. A procura pelos serviços cresce e isso reflete diretamente no atendimento da unidade hospitalar.

De acordo com Adrizia Fontenele, diretora do hospital estadual, mesmo com a grande procura de pacientes dos Estados do Ceará e Maranhão, utilizando os serviços que são voltados para os piauienses, nenhum deles deixa de receber atendimento. “É difícil porque tem superlotação, mas é preciso ter resolução quanto a situação do paciente. Ele só será encaminhado para Teresina se for para um atendimento que o hospital não seja referência, mas todo caso buscamos resolver”.
“Pela demanda, o atendimento tende a demorar um pouco. Vem muitos pacientes que não fazem parte do perfil do hospital que trata-se de atendimento de urgência e emergência e chegam aqui precisando de serviços da atenção básica, de ambulatório”, ponderou a diretora do Heda.
Ela informou que todos os dias no Pronto Socorro do hospital, há dois plantonistas de pediatria, dois clínicos, dois ortopedistas, tem dias que há o reforço de um terceiro ortopedista devido a demanda de cirurgias ortopédicas, no sábado, três cirurgiões ficam no plantão. “Vários médicos passam de segunda a sexta-feira fazendo parecer especializado. Além desses, nós temos anestesistas, obstetras e intensivistas, que trabalham para melhor atender a população”.

Laudo de risco cirúrgico

O risco cirúrgico é uma avaliação do estado clínico do paciente indicado previamente a procedimentos cirúrgicos ou determinados procedimentos médicos. Em resposta à uma nota de um blog da cidade, que afirmou que o hospital estava deixando de realizar procedimentos cirúrgicos por falta de um parecer de um cardiologista (risco de cirurgia),  a diretora do Heda, Adrizia Fontenele, ressaltou que quando são suspensas as cirurgias, deve-se a alguma contraindicação. “Quando a paciente é idosa, ela precisa fazer todos os exames, um pré-operatório. Por mais que seja uma fratura, trata-se de uma urgência e não emergência. Essa fratura fechada, a equipe médica tem que ter segurança sobre o procedimento que vai ser realizado com o paciente”.

Segundo ela, o cardiologista avalia, mas há necessidade de uma nova avaliação, precisa de um outro exame, vaga na UTI, dentre outros fatores que garantem a segurança da equipe para que tenha êxito quanto ao tratamento do paciente.

Centro de Parto Normal e Casa da Gestante

Em recente anúncio, o secretário estadual da saúde, Florentino Neto disse que em agosto será inaugurado no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), o Centro de Parto Normal e Casa da Gestante, e mais dez leitos da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI).

Por Tacyane Machado